sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Barroco renasce na Sala Suggia - Casa da Música

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18 de Novembro de 2009. Orquestra Barroca da União Europeia. Casa da Música.
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19h30. A Sala Suggia fecha as portas e as cadeiras, enganadoramente ainda vagas, são ocupadas pelos quase 1000 espectadores presentes, atentos e dedicados ao que a Música Barroca lhes pode oferecer.

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Após o anúncio de algumas alterações de última hora ao programa, o palco é invadido pela Orquestra Barroca da União Europeia e pelos seus instrumentos, típicos desta época: violinos, concertino, violas, violoncelo, contrabaixo, tiorba, cravo e órgão. É de realçar que esta orquestra é formada todos os anos por jovens músicos de toda a Europa, escolhidos criteriosa e minuciosamente.

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Petra Mullejans, maestrina e primeiro violino, desde logo impõe o som determinado e, ao mesmo tempo, delicado do seu instrumento. Com uma respiração forte, dá a entrada para o Concerto Grosso em Fá de Corelli.
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Tal como é característico em concertos deste tipo (específicos do período barroco), instrumentos solistas (neste caso 2 violinos, 1 violoncelo e 1 viola) dialogam com o resto da orquestra, sendo sempre sustentados pelo cravo e, excepcionalmente, pelo órgão.

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O diálogo entre os vários instrumentos, qual jeito de fuga, intrínseco a esta época, foi irrepreensivelmente bem organizado, estruturado, realçando indubitavelmente a melodia principal, em torno da qual se desenvolviam os ornamentos.

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De seguida, as sonatas de Schmelzer foram do mesmo modo imponentemente bem interpretadas, destacando-se o violino (tendo em conta que este compositor também foi violinista), o cravo e a tiorba, implacável e indiscreta, vibrava cada uma das suas cordas em tom de cadência, estranhamente audíveis num conjunto tão variado e adornado, como é característico deste período da história da música.

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Muffat e Mayr foram analogamente destacados, porém, apenas parte da orquestra os interpretou, já que são composições escritas para um menor número de instrumentistas. Em cada uma das peças, os violinos e as violas estabeleceram uma mensagem alternada entre ambos, mantendo os mecanismos de recepção auditiva do público ligados, buscando alguma falha que não existia.

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Mantiveram-se vivos todos os ritmos acelerados, concedendo uma alegria extenuante à suite de Mayr, onde cada compasso parecia curto demais para tantas notas.

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De regresso aos concertos grossos, desta vez foi Vivaldi quem tomou o seu lugar no reportório desta orquestra e encantou aqueles que, por ignorância, apenas o seu nome conheciam em todo o programa. De novo uma melodia, imposta por instrumentos solistas, passeava por entre a orquestra, “re-ornamentando-se” a cada passagem.

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Finalmente, o espectáculo termina com um impetuoso Concerto grosso em Ré de Handel, cujos andamentos surpreendem à medida que vão sendo tocados, em jeito de dar e revolver o que já tinha sido dado.

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É de realçar a qualidade inabalável da maestrina, enquanto executante e dirigente.
Definitivamente esta é uma orquestra que vale a pena ver, não só pelo que revela de si a cada andamento, mas, sobretudo, pelo que revela de cada peça, como se estivesse a ser tocada pela primeira vez, nos primórdios do Barroco.
Ana Lúcia Rebelo, 11B
(Enviado pela Drª Isabel Moreira)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Jô Soares diz Fernando Pessoa no Teatro Villaret

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Jô Soares está em Portugal para dizer poemas de Fernando Pessoa. Mas isso será no espectáculo Remix em Pessoa, que estreia no dia 29 no Teatro Villaret, em Lisboa, onde fica até 7 de Fevereiro. Ontem, numa conferência de imprensa na Casa Fernando Pessoa, o humorista e apresentador brasileiro não cedeu ao pedido de alguém na assistência que queria ouvir um poema. "Estou na casa do homem. Não quero provocar o gigante adormecido", brincou....
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Estava a entrar na juventude, tinha 14 anos, quando descobriu Pessoa numa livraria de Paris. Vivia nessa altura com os pais em França e, como não falava francês, comprava livros portugueses para ler: Eça de Queirós, Fernando Pessoa. Começou aí o fascínio por aquele que considera ser o "maior poeta de língua portuguesa" (Camões "era uma coisa que nos era imposta no colégio", e por isso teve menos sucesso junto do jovem Jô) e de quem, a ter que escolher uma frase, escolhe "Malhas que o império tece" (de O Menino de Sua Mãe). "Essa frase eu acho eterna, engloba a história do mundo, é definitiva."
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É com sotaque de Portugal que Jô Soares vai dizer Pessoa porque nunca poderia fazê-lo em brasileiro. "Somos unidos por uma língua totalmente diferente", explicou. "Tem coisas em que a unificação da língua não adianta." Os brasileiros "ficaram numa língua meio seiscentista, que antigamente se falava em Portugal", mas para o actor "é fascinante" ver "a evolução de uma língua para um lado e outra para outro".
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O espectáculo, dirigido por Bete Coelho, nasce de um disco com o mesmo nome que, por sua vez, nasceu de um desafio lançado por Jô ao teclista dos Blitz, Billy Forghieri, que uma vez, numa entrevista, lhe disse que tinha musicado poemas de Carlos Drummond de Andrade. Jô ficou a pensar e acabou por desafiá-lo a fazer o mesmo com Pessoa. "Tenho um fascínio por Pessoa. Vamos tentar?" Escolheu 12 poemas - a grande maioria de Álvaro de Campos - e Forghieri musicou-os com... tudo, desde Bach a rock, passando por hip hop.
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Depois do sucesso de Remix em Pessoa no Brasil, Jô vai apresentá-lo no Villaret, o teatro fundado pelo seu "grande amigo" Raul Solnado - de quem falou várias vezes, revelando até o telefonema que recebeu "quando aconteceu aqui a Revolução dos Cravos": "Ele ligou, "Jô, agora posso gritar na rua que sou socialista, não me prendem". E eu falei para ele: "Espera, tem calma"", contou, entre as gargalhadas da assistência.
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É por isso com "grande emoção" que vai estar no Villaret, até porque se lembra do tempo em que Solnado "começou a planear aquele teatro", e porque tem grande admiração pelo próprio João Villaret. Aliás, recordou também, tinha uns 16 ou 17 anos quando um dia, num restaurante no Brasil, Villaret, sentado numa mesa próxima, o chamou: "Ó menino, anda cá. Estão a dizer que te pareces comigo. O que achas?"
in Público

domingo, 24 de janeiro de 2010

Poetas e Poéticas I

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Numa tentativa de alargar os horizontes do blogue e das suas áreas de interesse, convidei o professor José Rui Teixeira (à semelhança do que já acontecera com o professor Joaquim Santos Silva) para assinar um novo separador, dedicado à poesia. Assim, todos os meses, haverá uma sugestão de leitura poética, juntamente com a biografia e imagem do respectivo poeta. A primeira sugestão é, como não poderia deixar de ser, Guilherme de Faria...
Deixo as palavras do Dr. José Rui Teixeira:
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Guilherme de Faria nasceu no dia 6 de Outubro de 1907, em Guimarães. Em 1919 mudou-se, com a família, para Lisboa. Suicidou-se na Boca do Inferno [Cascais], com apenas 21 anos, no dia 4 de Janeiro de 1929.Publicou sete livros de poesia: Poemas e Mais Poemas [1922], Sombra [1924], Saudade Minha [1926], Destino e Manhã de Nevoeiro [1927] e, editado postumamente, Desencanto [1929]; também póstuma, mas organizada de acordo com as suas indicações, foi a edição da antologia Saudade Minha [1929], reeditada em 2007. Publicou ainda Oração a Santo António de Lisboa [1926] e organizou uma Antologia de Poesias Religiosas [que só seria publicada em 1947].Guilherme de Faria foi poeta e editor, correspondeu-se e relacionou-se com os mais importantes poetas e artistas portugueses da década de 20 do século passado. A sua poesia compreende-se no contexto do Neo-Romantismo Saudosista e do Saudosismo Integralista, e habita o âmago da tradição lírica portuguesa. Poeta de um passadismo nocturno, elegíaco e doce que só se realiza em diálogo com a morte redentora, Guilherme de Faria acabou por ser esquecido, devido à sua morte tão prematura, às especificidades quase anacrónicas da sua poesia e à proximidade ideológica ao Integralismo Lusitano.No centenário do seu nascimento, a descoberta de manuscritos autógrafos, correspondência, fotografias e livros da sua biblioteca pessoal, torna possível reconstituir o seu contexto vital, redescobrir a sua vida e obra e restitui-las à História da Literatura Portuguesa.
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Fim
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Alma, enfim descansa
Na desesperança.
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Alma, esquece e passa:

Dorme, enfim segura
Dessa última graça
Que é toda a ventura.
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E à Saudade em flor

Que o teu sonho lindo
Perfumou de amor,
Diz-lhe adeus, sorrindo…
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Que Ela há-de escutar-te,
Pálida, a entender-te!
E, no espanto enorme,
Sonhando envolver-te,
Triste, há-de embalar-te
– «Dorme… dorme… dorme…»
–Como a adormecer-te.
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Manhã de Nevoeiro, 1927, pp. 35-36.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

José Eduardo Agualusa

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Descobri a morada do escritor na internet; é o sítio oficial. Clicar para aceder:
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(Des)acordo

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Encontrei no sítio do Jornal de Letras um guia essencial do Acordo Ortográfico. Clicar na imagem para aceder directamente.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Livro(s) do mês - Janeiro

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Foi esta a minha leitura de férias...
Apaixonei-me pela capa do livro... as cores esbatidas, o céu carregado, o campo de feno a sussurrar, a casa silenciosa ao longe... um menino lado a lado com um cão... Comprei-o na feira do livro do colégio e devorei-o!
Foi eleito pelo New York Times como o melhor livro do ano 2009. O autor é David Wroblewsky, natural do Winsconsin rural, e licenciado pelo Programa para Escritores da Warren Wilson MFA. Este é o seu primeiro romance.
O que mais me impressionou foi a atmosfera densa e trágica que percorre toda a narrativa. O protagonista, Edgar Sawteelle, é uma criança muda e prodigiosa que cria à sua volta um mundo intimista e inexorável, onde só deixa entrar Almondine, a sua cadela e mais tarde Essay. Descendente de uma família que se dedicou à criação de cães Sawtelle, Edgar debater-se-á na escolha entre os laços de sangue que o ligam à mãe e o sentimento telúrico que o empurra para a natureza selvagem que rodeia a quinta, numa ânsia de descoberta e perscrutação. Essa viagem cosmogónica acontecerá finalmente após a morte misteriosa do pai... Esse momento marca uma clivagem decisiva no ritmo do romance, as peripécias sucedem-se a partir desse ponto e a narrativa transforma-se repentinamente numa versão de "Hamlet", tornando-se extremamente opaca, psicologicamente esgotante, extenuante. O fantasma do pai atormenta-o, impelindo-o para a verdade.
Durante a viagem, Edgar descobrir-se-á a si mesmo e desvendará o mistério dos cães Sawtelle. só então fica a perceber o que torna estes animais únicos e inestimáveis para o ser humano.
Imperdível!
A não perder também, e a propósito deste livro, o blogue das minhas alunas Ana Filipa Redondo, Efigénia Tavares, Luísa Salazar e Rosário Cunha: Dog Me.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Musicografias

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Por várias razões a escolha deste mês não foi fácil. Se, por um lado, esta era a música que gostava de partilhar, por outro lado, ficava um ligeiro sentimento de culpa porque ela não cumpre alguns objectivos que me coloquei quando aceitei este desafio: dar a conhecer músicos novos, preferencialmente de outras terras da grafia lusa, uma vez que é de um autor português que já aqui publiquei. No entanto, a minha consciência e formação cristã falaram mais alto e acabei por me render a escolhê-la. Mesmo assim, guardei-a para hoje, o vulgarmente chamado Dia de Reis, para a partilhar, como um presente. A música chama-se Presépio de Lata, a letra é do Carlos Tê, é aqui cantada ao vivo pelo Rui Veloso, e, como de algum modo ele explica no início, dá uma resposta a uma pergunta que me coloquei nesta época: "onde está o Menino?".
Joaquim Santos Silva
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Jorge de Sena e Camões

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Um livro de Aguiar e Silva, um dos grandes especialistas da/de literatura, que eu tive a sorte e o privilégio de conhecer na Universidade do Minho.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Oficina de Leitura 11ºAno

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Publico o resultado da Ofcina de Leitura de 11ºAno dedicada a Richard Zimler e a Os Anagramas de Varsóvia, entre outros. Deixo, como introdução e mote, o texto enviado pela Drª Auxília Ramos ao autor:
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Sou uma das professoras do Colégio Luso-Francês que teve a honra de estar presente na sessão que tão amavelmente proporcionou aos nossos alunos. As reacções foram muito calorosas, como certamente constatou, e, se não fossem os limites que o tempo sempre nos impõe, a conversa com os alunos ter-se-ia prolongado pela tarde.Como modesta recompensa pela disponibilidade e simpatia demonstradas, envio-lhe, em anexo, dois dos trabalhos que os alunos realizaram no âmbito da Oficina de Leitura; no caso deles, dedicada particularmente à leitura do seu último romance "Os Anagramas de Varsóvia". São testemunhos de uma leitura entusiástica e motivadora, e de um sentido apreço pela inegável qualidade do seu trabalho literário.Testemunhos que comprovam que também estes jovens leitores experimentaram o que um dia o Richard afirmou numa entrevista, a propósito do seu trabalho de criação de um outro romance, "À Procura de Sana": «Preciso de cheirar, de ver as pessoas, de saber como se vestem.» Foi exactamente esta necessidade que os levou a irem para além das páginas do romance.Ficaremos a aguardar as suas reacções, quando lhe for possível.Espero que possamos repetir novos encontros, porque naquela breve "conversa" todos nós sentimos o que sempre afirma: "A escrita é para mim um processo mágico". E essa magia contagiou os nossos alunos e também a nós, professores e leitores. Obrigada por partilhar!
Auxília Ramos
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A leitura de “Os Anagramas de Varsóvia” foi fantástica, mas, apesar de todas as descrições me proporcionarem imagens mentais, eu queria saber mais do guetto. Lembrei-me então de realizar um mapa; espantaria, quem sabe, os que já leram o livro, e criaria interesse nos que ainda não o tinham feito.
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Pesquisei imagens do guetto, plantas, fotografias, tudo o que servisse para demonstrar o que ele era, fisicamente. Encontrei algumas imagens e informações pertinentes, e, guiado pelas descrições do livro, consegui elaborar o meu próprio mapa.

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O primeiro a fazer era delimitar o guetto (linha preta). Para isso procurei alguns mapas e descobri os locais nos quais o muro delimitava a fronteira entre o território dos judeus e o resto do mundo. Encontrei também as portas, guardadas pelos nazis, que permitiam a entrada no guetto, ainda que só por eles autorizada (balões laranjas). A fronteira entre a parte Norte e a parte Sul, também descrita no livro, está representada com a linha laranja.

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Algo que sempre me fascinou foram as passagens secretas de que os judeus dispunham para escapar do guett, ou para apenas visitar o «outro lado». Desta forma, utilizando o livro, fui capaz de assinalar (estrela) alguns destes locais. Consegui ainda assinalar outros espaços: a casa de Erik, utilizando até uma fotografia da rua tirada em 1943, a oficina do Izzy, o Teatro Nowy Azazel e ainda o Conselho Judaico, este último com uma foto tirada depois do incêndio que o arrasou. De seguida, delimitei as áreas ocupadas pelos cemitérios católico polaco, luterano e judeu.

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Por último, e para incitar à leitura do livro por parte dos meus colegas, coloquei, em alguns pontos do mapa, questões que apelam ao mistério e à curiosidade de saber mais.
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Link do mapa que construí:
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Sendo um livro com uma temática tão presente, custou-me particularmente a ler “Os Anagramas de Varsóvia”, não pelo facto de ser um policial situado numa época de tanta controvérsia e desordem, mas porque Richard Zimler consegue, magistralmente, o objectivo de nos fazer percorrer, com avidez, as suas páginas. Consentiu que eu me entregasse a uma personagem que não me pertencia. (Deixou-me encarnar a alma dessa figura.). Conseguiu que eu sofresse com os cheiros, decompondo o meu próprio corpo. Richard Zimler guiou-me pelas ruas do Gueto de Varsóvia, apresentando-me um universo a preto e branco, um mundo de doenças e vergonha, um lugar condenado. E, quase como se me purificasse, deixou-me atravessar o arame farpado, fazendo-me sentir os aromas de um outro lugar, “puro”, um espaço de cor e engano. Finalmente, um livro que me envolveu do princípio ao fim. Um livro que me levou pelas palavras, inovando-me.
Ana Catarina Tonel Monteiro

Jô Soares declama Fernando Pessoa

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Jô Soares está em Portugal para apresentar um espectáculo sobre Fernando Pessoa. O conhecido apresentador de televisão brasileiro vai “dizer” poemas de Fernando Pessoa de 29 de Janeiro a 7 de Fevereiro de 2010, no Teatro Villaret, em Lisboa. Durante o espectáculo, Jô Soares "diz" os poemas de Fernando Pessoa, pois como ele próprio afirmou “prefiro ‘dizer’ a declamar”.
O espectáculo é baseado no CD "Remix em Pessoa", gravado em 2007 e no qual Jô Soares apresenta 12 obras de Fernando Pessoa como "O Poeta é um fingidor", "No dia em que festejava", entre outras, ao som de uma selecção musical feita por Billy Forghieri que vai desde Bach, Hip Hop, Jazz, Rock, Valsas, Drum & Bass.Desde os 14 anos que Jô Soares se assume como um apaixonado pela obra de Pessoa e depois do sucesso do espectáculo no Brasil, decidiu apresentá-lo em Portugal.“Porquê Pessoa? Porque Pessoa é essencial”, explica Jô Soares.
Notícia no i-online

Ler - Janeiro

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Criarte - um projecto com alma

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Descobri, por acaso, um projecto inovador que concilia poesia e design. A autora é Sancha Trindade, uma portuguesa que decidiu, a partir de Amesterdão, imortalizar versos e citações de autores lusos em t-shirts, ilustrados com as suas fotografias.
O resultado: www.criarte.pt . Vale a pena espreitar e comprar!
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Deixo alguns exmplares:
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Fernando Pessoa
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Ruy Belo
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Luís de Camões
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Padre António Vieira
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Tolentino Mendonça